google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: BOTÂNICA, ORIGEM E CLIMA DO TOMATE

domingo, 10 de outubro de 2021

BOTÂNICA, ORIGEM E CLIMA DO TOMATE



BOTÂNICA, ORIGEM E CLIMA

O tomate tem como classificação científica: Reino: Plantae; Superdivisão: Spermatophyta; Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae); Classe: Magnoliopsida (Dicotiledoneae); Ordem: Solanales; Família: Solanaceae; Gênero: Solanum; Espécie: Solanum lycopersicum L. (Sinonomia Lycopersicon esculentum Mill. e Lycopersicon lycopersicum (L.) H. Karst.).

O tomate é uma planta herbácea, autógama, diploide e com 24 cromossomos. A taxa de polinização cruzada natural varia de 0,5 a 4%. Apesar de ser uma planta perene, é cultivada como anual. A inflorescência possui flores pedunculadas inseridas no racimo ou cacho, de maneira que as flores mais velhas estão mais afastadas do ápice. O racimo ou cacho pode se apresentar em três formas: simples - com um eixo; bifurcado; e ramificado. Nos vários tipos de racimo, o número de flores por racimo e a frutificação efetiva são variáveis, e altamente influenciados por temperaturas abaixo ou acima dos limites considerados ótimos para o cultivo da hortaliça.

O fruto é uma baga de tamanho e formato variáveis. Os frutos são internamente divididos em lóculos, nos quais as sementes se encontram imersas na mucilagem placentária.

Conforme o cultivar, os frutos podem ser bi, tri, tetra ou pluriloculares. Os frutos de tomate no estádio maduro podem apresentar as colorações vermelha ou amarela, bem como outras colorações que variam de preta, cor-de-rosa, alaranjada a branca, que pouco atrai o interesse do consumidor.

Centro de origem

O centro de diversidade máxima se localiza entre o equador (0° de latitude) e o norte do Chile (39 de latitude Sul, e desde o Oceano Pacífico até os Andes, em altitudes variando de 0 a 2.000m.

História

Na época pré-colombiana o tomate se difundiu para toda a América Tropical. A domesticação ocorreu no México, com os maias que o chamavam de ‘tomatl ’. Os espanhóis o levaram para a Europa, mudando seu nome para tomate. O tomate foi registrado pela primeira vez fora do continente americano na Itália em 1544. Foi cultivado inicialmente como planta ornamental e considerado por muitos como planta venenosa (tóxica). Provavelmente foi na Itália, por volta de 1560, onde o tomate foi utilizado pela primeira vez para consumo humano.

Na Itália o tomate recebeu o nome de “Pomo d’Oro” (maçã de ouro ou maçã dourada), indicando que os primeiros tipos introduzidos foram de coloração amarela; os franceses os chamaram de “pommes d’ammour” e os consideravam afrodisíacos. Variedades derivadas apresentam ampla gama de cores e formas de frutos.

Na Europa, até o século XVIII, o tomate foi cultivado principalmente na Itália, sendo muito utilizado no preparo de molhos para massas. Nos EUA, a primeira menção do tomate ocorreu em 1710 e, desde então, sua popularização tornou-se grande. Em 1850, aproximadamente, foi iniciado o seu uso como alimento e o primeiro cultivar surgiu em 1900 e foi denominado ‘Ponderosa’. Atualmente, o tomate é a hortaliça mais consumida no mundo.

A riqueza genética do tomate possibilitou a criação de centenas de cultivares, com grande diversidade de formato, coloração, tamanho, longevidade, conformação dos lóculos, sabor, consistência.

No Brasil, o tomate foi introduzido provavelmente no início do século XX por imigrantes portugueses e italianos. A partir da década de 30, o tomate experimentou uma evolução substancial na sua importância econômica, tanto como produto para consumo in natura, quanto como matéria-prima para a indústria. Na década de 40 surgiu a variedade ‘Santa Cruz’ em um núcleo de colonização japonesa do mesmo nome no Estado do Rio de Janeiro. Apresentava fruto bilocular com massa média de 50 gramas. Este tomate foi bem aceito no mercado consumidor do Rio de Janeiro e de São Paulo e, em seguida, se espalhou rapidamente pelos estados brasileiros.

Os cultivares mais plantados, na década de 60, foram a partir de seleções do ‘Santa Cruz’ feitas por famílias de tomaticultores, surgindo, por exemplo, os cultivares Miguel Pereira, Kada e Yokota. Nas décadas de 70 e 80 as instituições de pesquisa iniciaram os trabalhos de melhoramento, lançando diversos cultivares que inclusive apresentavam resistência a várias doenças, entre os quais se destacam ‘Ângela Gigante’ e ‘Santa Clara’, desenvolvidos pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) que apresentavam de dois a três lóculos por fruto.

Até o final da década de 80 predominavam as variedades de tomate do grupo ‘Santa Cruz’ de polinização aberta. As sementes destas variedades provinham de populações de plantas já conhecidas de polinização aberta ou natural, feita principalmente por insetos (entre estes as abelhas), e pela ação do vento. Os cultivares de polinização aberta de tomate apresentam sementes de menor valor unitário quando comparados com os híbridos F1 e são úteis para reduzir os custos fixos de produção para os agricultores.

A partir do final do século XX, a produção de tomate para consumo in natura no Brasil experimentou grandes transformações tecnológicas, sendo a introdução de híbridos do grupo“salada” e do tipo longa vida uma das mais importantes. Este grupo começou a dominar a produção de tomate brasileiro, principalmente por se tratar de frutos que suportam o transporte a grandes distâncias. Entretanto, a qualidade gustativa desses híbridos tem sido alvo de muitas críticas, pois os genes que conferem a característica desejável “longa vida” também causam alterações indesejáveis de sabor, aroma, textura e teor de licopeno. Para amenizar o impacto negativo junto ao consumidor devido à expansão dos híbridos do grupo Salada longa vida, as empresas de sementes têm investindo em maior diversificação de cultivares. A qualidade gustativa do tomate tem recebido atenção privilegiada. Dentro dessa estratégia, cultivares de tomate do tipo italiano têm recebido destaque e, consequentemente, ótima aceitação por alguns mercados consumidores. Os frutos dos cultivares híbridos de tomate do tipo italiano estão disponíveis no mercado e têm excelente sabor e variabilidade de uso culinário, podendo ser consumidos em saladas, no preparo de molhos e na forma de tomate seco.

O tomate-cereja e o tomate-uva (Solanum ycopersicum var. cerasiforme) merecem atenção do consumidor. Eles são frutos de tamanho pequeno: o tomate-uva (grape) apresenta forma esférica (redonda) e o tomate-cereja (cherry) formato elíptico (oval). Além disso, possuem tamanho menor e seu sabor é bem mais doce (9 e 12 graus brix) do que o tomate tradicional (entre 4 e 6 graus brix). São usados para enfeite de pratos sofisticados, para dar um toque especial às saladas, além de ser consumidos como fruta ou como tira-gosto.

Várias empresas produtoras de sementes, nacionais e multinacionais, possuem e lançam cultivares com altíssima qualidade genética visando altas produtividades de frutos, resistência a doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. São propriedades geralmente aliadas à alta qualidade dos frutos em termos de sabor e armazenamento pós-colheita.

Adaptação climática

O tomate se desenvolve melhor em regiões com temperaturas entre 18-23°C.

Temperaturas inferiores a 12°C podem afetar a frutificação devido à maior possibilidade de abortamento de flores, além de propiciar menor taxa de crescimento das raízes e das plantas.

Tal fato pode induzir sintomas de deficiência de fósforo e cálcio nas folhas e nos frutos. No entanto, temperaturas superiores a 32°C, além de ocasionar alta taxa de abortamento de flores, predispõem a planta a doenças causadas por fungos e bactérias. A temperatura mínima de germinação das sementes gira em torno de 10°C e a ótima vai de 16 a 29°C.

Para maximizar a frutificação efetiva, a faixa ótima de temperatura é de 19 a 24°C e a noturna de 14 a 17°C. Temperaturas noturnas abaixo de 10°C e superiores a 20°C prejudicam a frutificação.

A umidade relativa do ar ótima oscila entre 60 e 80%. A umidade relativa muito elevada favorece o desenvolvimento de doenças da parte aérea e, por outro lado, a umidade relativa muito baixa dificulta a fixação do pólen ao estigma das flores reduzindo a frutificação efetiva.

Embora algumas espécies silvestres de tomate somente floresçam em dias curtos, o tomate domesticado se desenvolve bem tanto em condições de dias curtos, quanto de dias longos, ou seja, em fotoperíodos de 8 a 16 horas. Assim pode-se afirmar que o tomate é indiferente ao fotoperíodo, por isso é cultivado em todos os estados brasileiros. Entretanto, é necessária uma boa radiação solar.

Áreas com alta probabilidade de ocorrência de granizo não devem ser utilizadas, porque o granizo pode danificar os frutos, as folhas e os caules de tomate, que por sua vez pode causar enormes perdas na produção de frutos e provocar a proliferação de doenças nas plantas.

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