Ora-pro-nóbis sem espinho (Anredera cordifolia)
Planta perene e trepadeira, com folhas arredondadas e suculentas. Produz tubérculos aéreos (estruturas de reserva) a cada axila das folhas e, em maior concentração, na base das plantas. Esses tubérculos são utilizados como propágulos para o plantio. É cultivada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Nomes comuns – Ora-pro-nóbis sem espinho, espinafre-gaúcho, anredera e, no sul do Brasil, bertalha, apesar da confusão com a bertalha verdadeira, gênero Basella, de origem asiática.
Família botânica – Basellaceae.
Origem – Sul do Brasil e Uruguai.
Variedades – Não se observa ampla variabilidade morfológica.
Clima e solo – Produz melhor sob temperaturas mais amenas, entre 15º e 25ºC nas regiões Sul e Sudeste. Por apresentar desenvolvimento inicial lento, deve ser cultivada em solos ricos em matéria orgânica e de fertilidade mediana a alta.
Preparo do solo – No caso de variedades de hábito de crescimento indeterminado, o plantio é feito em covas orientadas em linhas para tutoramento em espaldeira. O revolvimento de solo deve ser restrito às covas de plantio, deixando-se o solo protegido por uma cobertura morta (palhada de cultivos anteriores, geralmente gramíneas e leguminosas). No caso de cultivo de variedades de hábito de crescimento determinado ou mesmo as de hábito indeterminado, porém colhidas frequentemente para a comercialização, pode-se fazer o plantio em canteiros.
Calagem e adubação – A calagem deve ser feita em função da análise de solo, visando atingir pH entre 5,5 e 6,0. Para que haja elevada produção de folhas, é interessante que seja mantido bom nível de matéria orgânica no solo. A adubação orgânica pode ser feita com composto orgânico, com até 3,0 kg/m2, conforme os teores de matéria orgânica no solo. Durante o período de colheita, a cada dois meses, refazer a adubação de cobertura com até 1,0 kg/m2 de composto orgânico.
Plantio – A propagação é realizada por meio de propágulos (tubérculos aéreos), diretamente no local definitivo, podendo-se utilizar propágulos já brotados. O espaçamento sugerido é de 3,0 m entre linhas por 1,0 m entre plantas nas linhas. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste desenvolve-se melhor quando plantada de setembro a março.
Tratos culturais – Recomenda-se manter as plantas infestantes sob controle, por meio de capinas manuais; irrigar, de acordo com a necessidade da cultura, normalmente duas a três vezes por semana em períodos secos; e efetuar tutoramento em espaldeira semelhante ao usado para tomate vertical, em linha simples. Devido à sua rusticidade, raramente as plantas são afetadas por pragas ou doenças, a não ser esporadicamente por pragas desfolhadoras (formigas, gafanhotos ou coleópteros).
Colheita e pós-colheita – A colheita das folhas é feita, geralmente, a partir dos quatro ou cinco meses após o plantio, assim que as plantas atingem cerca de 1,5 a 2,0 m. Recomenda-se, quando necessário, a conservação em sacos plásticos em geladeira, o que preserva as folhas em ótimas condições por até cinco dias. A produtividade pode variar em torno de 100 a 200 g/planta mensalmente, perdurando por seis meses ou mais.
As folhas macias e suculentas podem ser consumidas em saladas, refogadas e em combinação com outras hortaliças, carnes e aves. Relatos indicam que os tubérculos aéreos, inclusive auqeles formados no colo da planta, podem ser consumidos de modo similar à batata (Solanum tuberosum).
Figuras 84, 85 e 86: Ora-pro-nóbis sem espinho ou anredeira, planta, tubérculos aéreos e colo da planta com propágulos
Este eu nunca tinha visto conheço o de espinho gostei
ResponderExcluirComo faço para adquirir muda ?
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