google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: PANCS: Cará-do-ar ou Cará-Moela (Dioscorea bulbifera)

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

PANCS: Cará-do-ar ou Cará-Moela (Dioscorea bulbifera)


Cará-do-ar (Dioscorea bulbifera)

Planta trepadeira da família dos inhames (carás), mas que apresenta algumas peculiaridades em relação a esses, notadamente com a produção de tubérculos aéreos globulares com formatos arredondados ou alados, ás vezes na mesma planta. Encontra-se relativamente bem disseminado pelo Brasil, muitas vezes como planta espontânea, e, quando cultivado, em geral representa uso local basicamente de subsistência.

Nomes comuns – Cará-do-ar, cará-moela, cará-tramela.

Família botânica – Dioscoreaceae.

Origem – Brasil Central.

Variedades – Observa-se variabilidade com relação á coloração interna dos tubérculos aéreos, desde branco a arroxeado. Existe também variedade com aspecto cascudo, mas que parece não apresentar boa digestibilidade para muitas pessoas.

Clima e solo – Produz melhor em locais quentes e adapta-se a vários tipos de solo.

Preparo do solo – Recomenda-se o preparo somente das covas de plantio, mantendo-se o espaço entre as plantas sem revolvimento e com cobertura permanente.

Calagem e adubação – É planta rústica, mas responde à adubação em solos empobrecidos. Com base em resultados da análise de solo, recomenda-se corrigir a acidez do solo para se chegar à saturação de bases em 60%. Como não há recomendação específica para cará-do-ar, sugere-se utilizar recomendação para inhame (cará). Santos (1996), em trabalhos com inhame, recomenda a adubação de plantio com até 120 kg/ ha de P2O5 e 100 kg/ha de K2O, conforme a disponibilidade desses nutrientes no solo. Em cobertura, 60 kg/ha de N em duas aplicações, 45-60 e 90-120 dias após o plantio. Em solos com baixo teor de matéria orgânica, podem ser usadas 10 ton/ha de esterco de curral curtido ou composto orgânico.

Plantio – A propagação é feita por tubérculos aéreos, devendo-se utilizar aqueles de tamanho médio. Os maiores devem ser usados para alimentação. Os pequenos, menores que 2 cm, possuem reduzida quantidade de reservas, apresentando desenvolvimento inicial muito lento. O espaçamento deve ser 2,0 a 3,0 m entre linhas por 2,0 m entre plantas nas linhas.

Em regiões de clima quente com disponibilidade de água, o plantio pode acontecer durante todo ano. Já em regiões de clima ameno, com inverno frio e/ou seco, aconselha-se que o plantio seja realizado no período entre setembro e novembro.

Tratos culturais – As plantas devem ser tutoradas pelo método de espaldeira, semelhante ao usado para maracujá e também é recomendável a realização de capinas e irrigação, quando necessário. A cultura não sofre usualmente incidência de pragas e doenças, mas alguns insetos desfolhadores como vaquinhas e formigas podem atacá-la.

Colheita e pós-colheita – A colheita é feita a partir de 4 a 5 meses após o plantio e o tempo de conservação é bastante extenso quando armazenados em locais secos e arejados. A produtividade pode atingir 15 a 20 ton/ha. Na culinária os tubérculos podem ser consumidos refogados, cozidos, fritos, em sopas e na composição de pães. Mas, também podem substituir
a batata, compondo pratos com carnes e aves.

Figuras 31 e 32: Cará-moela, planta e tubérculo aéreo

Figura 33: Cará-moela cascudo, arroxeado e branco




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