google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HORTA E FLORES: Pragas que atacam a cultura da Cebola

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Pragas que atacam a cultura da Cebola



Várias espécies de insetos e ácaros estão associadas à cebola, utilizando-a como planta hospedeira, entretanto, poucas delas são capazes de causar prejuízos significativos à cultura.

Isto se deve ao fato de muitas delas serem esporádicas e regionais, ou por ocorrerem com menor freqüência e em níveis populacionais baixos. No entanto, algumas espécies como os tripes são consideradas pragas-chave da cultura e se não controladas, podem causam danos severos à cultura.

Tripes
Atualmente é considerada a principal praga da cebola no Brasil. Os insetos adultos são pequenos, com no máximo 1 mm de comprimento. Possuem corpo alongado, de coloração amarelo-clara a marrom e asas franjadas. As fêmeas adultas colocam de 20 a 100 ovos nas partes mais tenras da planta.

O período de incubação dos ovos é de quatro dias. Do ovo eclode a forma jovem, conhecida como ninfa. Esta é menor que o adulto e não possui asas. O ciclo completo, de ovo a adulto, dura aproximadamente 15 dias e depende da temperatura. Os tripes formam colônias numerosas nas bainhas das folhas e sugam a seiva da planta.

A proliferação dessa praga é favorecida por períodos quentes e secos, mas pode também surgir em condições de baixas temperaturas, associadas à estiagem. As chuvas reduzem as populações do tripes por ação mecânica (lavagem e afogamento dos indivíduos) e por garantir umidade favorável à atividade de microrganismos que causam doenças e matam estes insetos.

Em casos de ataques severos, ocorre o prateamento das folhas da cebola, caracterizada por áreas necróticas, esbranquiçadas, que posteriormente ficam retorcidas e podem secar completamente (Figura 2). Isto compromete o crescimento das plantas, assim como o tamanho e o peso dos bulbos, causando perdas de produção que podem chegar a 50%.



Figura 2. Sintomas de ataque de tripes em cebola

O período crítico é o de bulbificação. Em cultivos realizados durante a estação seca, as ninfas atacam também os bulbos, permanecendo sob a pele e causando injúrias à escama externa, o que compromete a qualidade do produto e seu tempo de armazenamento.

Plantas de cebola muito danificadas devido ao ataque do tripes não tombam por ocasião da maturação fisiológica, facilitando a entrada de água até o bulbo, o que ocasiona maiores perdas na produção por apodrecimento.

Também há relatos de associação entre altas infestações de tripes e a ocorrência da doença mancha púrpura, causada pelos fungos Alternaria porri e Stemphylium vesicarium. Recentemente foi relatada a participação desta espécie de tripes na transmissão do "Iris Yellow Spot Virus" (IYSV), uma doença devastadora da cebola e de ampla distribuição mundial.

Controle

O tamanho diminuto dos indivíduos e seu hábito de viver principalmente nas "axilas" das folhas da cebola tornam o tripes um inimigo silencioso para os agricultores. Estas características da praga dificultam a detecção do problema logo no início da infestação da lavoura, e consequentemente o seu controle, pois a forma das folhas e a arquitetura da planta de cebola reduzem o contato do inseticida com o inseto.

O primeiro passo para o controle eficaz desta praga é a inspeção do cultivo, que deve ser feito pelo menos uma vez por semana, a partir do estabelecimento das plantas. Consiste na busca de tripes nas "axilas" das folhas e dos sintomas de ataque, percorrendo a lavoura em zigue-zague, de modo que, sejam inspecionadas tanto as plantas da bordadura como do centro da área cultivada.

Uma alternativa para auxiliar neste monitoramento seria o uso de placas adesivas de coloração azul. Estas armadilhas atraem e aprisionam tripes, facilitando o monitoramento populacional da praga ao longo da safra, permitindo a detecção dos focos de infestação e a necessidade de controle ou para verificar se as medidas adotadas foram efetivas contra a praga.

As placas adesivas podem ser construídas na propriedade, utilizando-se garrafas plásticas (tipo Pet) pintadas externamente de azul escuro e untadas com graxa; ou podem ser adquiridas de empresas especializadas pela internet. Estas armadilhas deverão ser instaladas em estacas de bambu na altura do ápice das plantas, em cerca de 20 pontos distribuídos dentro da área cultivada. As vistorias deverão ocorrer semanalmente e as armadilhas deverão ser substituídas quando ficarem cheias de insetos e de poeira.

O controle natural (biológico) dos tripes é feito por meio de larvas de dípteros da família Syrphidae, por larvas de crisopídeos (bixo-lixeiro), alguns coleópteros (joaninhas) e por tripes predadores dos gêneros Scolothrips e Franklinothrips.

Quando for necessário algum tipo de controle, deve-se optar pelo manejo integrado, ou seja, duas ou mais medidas de controle utilizadas simultaneamente e de forma planejada contra o tripes. O manejo do ambiente de cultivo consiste em medidas que devem ser consideradas como a primeira linha de defesa contra a praga. Recomenda-se a adoção planejada e preventiva das seguintes medidas:

isolamento dos talhões de cebola por data e área, evitando o escalonamento de plantio e cultivos muito próximos. Sem algum tipo de isolamento entre as lavouras não é possível o controle efetivo do tripes;
implantação de barreiras vivas ou faixas de cultivos, por meio do plantio de sorgo (Sorghum bicolor), de capim-elefante (Pennisetum purpureum) ou de milheto (Pennisetum glaucum), ao redor da área a ser cultivada, com antecedência de 30 dias em relação ao plantio da cebola;
escolha de cultivares com folhas lisas e pouca cerosidade, com bainha circular e de maior ângulo de abertura, cujas características permitem maior exposição dos tripes aos seus inimigos naturais e aos inseticidas aplicados sobre a cultura. O agricultor também deve dar preferência a cultivares de ciclo curto (precoces), pois, com elas é possível adequar a época de plantio na região, de tal forma que o período de bulbificação da cebola escape dos maiores picos de infestação da praga no ano;
adoção de semeadura direta;
se for utilizado o transplante de mudas para implantação do cultivo, a produção de mudas deverá ser feita em locais protegidos com tela, distantes de campos infestados com tripes e longe do local definitivo de plantio;
seleção de mudas sadias e vigorosas para o transplante;
plantio dos talhões no sentido contrário ao vento, do mais velho para omais novo, para desfavorecer o deslocamento dos tripes dos talhões velhospara os novo;
manejo adequado do solo. Práticas conservacionistas e de manejo da fertilidade do solo devem ser adotadas para garantir condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Neste contexto tem-se o cultivo de cebola no sistema de plantio direto, que vem sendo adotado cada vez mais nas principais regiões produtoras desta hortaliça. Este sistema proporciona menor revolvimento do solo e, por isso, maior estabilidade no agroecossistema, melhor reciclagem de nutrientes, manutenção da umidade do solo e ambiente mais favorável à ação de organismos benéficos como os inimigos naturais das pragas. Pesquisas indicam que, no sistema de plantio direto, a cebola apresenta maior vigor e área foliar e com isso, a cultura tolera maior ataque do tripes sem efeito sobre a produção;
nutrição adequada da cebola, com base em análises de solo e/ou foliar, de modo a manejar corretamente a adubação das plantas (principalmente, nitrogênio) em função dos requerimentos da cultura. Com isso, evitam-se deficiências e/ou excessos de adubação, reduzindo a suscetibilidade das plantas ao ataque da praga;
sucessão e rotação de culturas com plantas não hospedeiras de tripes, evitando-se plantios sucessivos de cebola e alho, bem como de soja, feijoeiro, cucurbitáceas (pepino, melancia, abóboras) e algodoeiro na mesma área de cultivo. Em qualquer situação, os restos culturais devem ser destruídos e incorporados ao solo, evitando-se a permanência de cultivos abandonados;
manejo adequado da irrigação para evitar o estresse hídrico, favorecendo o estabelecimento rápido das plantas. A irrigação, por aspersão ou pivô central, também pode auxiliar no controle do tripes em regiões onde a umidade não é tão alta e não se tem condições favoráveis a doenças fúngicas na cebola. Neste caso, a irrigação teria o mesmo efeito da chuva sobre a população da praga.
Todas estas medidas são igualmente importantes, e se combinadas de forma conveniente, podem favorecer o crescimento das plantas e reduzir a infestação do tripes, resultando em menor uso de inseticidas.

O controle químico tem sido a principal forma de combate ao tripes na cultura. Entretanto, o uso indiscriminado de inseticidas tem elevado substancialmente o custo de produção da cebola. Além disso, pode acarretar sérios problemas, como surgimento de populações de tripes resistentes aos produtos utilizados, ressurgência da praga, erupção de pragas secundárias, eliminação de organismos benéficos (inimigos naturais e microbiota decompositora), poluição do meio ambiente, intoxicação de produtores e resíduos tóxicos nos bulbos acima do tolerável, colocando em risco a saúde dos consumidores.

O controle químico do tripes deve ser feito de forma racional para que se alcance a eficiência de controle desejada, cause o mínimo de desequilíbrio biológico e se evite o surgimento de populações de tripes resistentes aos inseticidas. Recomenda-se:

utilizar apenas inseticidas registrados para a cultura da cebola;
dar preferência para produtos que sejam seletivos em favor dos inimigos naturais e, pouco tóxicos ao homem (classes lll - faixa azul e lV - faixa verde);
evitar o uso de produtos de amplo espectro de ação, como inseticidas piretróides e organofosforados, no inicio do ciclo da cultura, pois causam alta mortalidade de inimigos naturais e ressurgência posterior de tripes na lavoura;
pulverizações preventivas, ou seja, sem a detecção de tripes no cultivo, devem ser evitadas;
iniciar o controle químico quando forem encontrados 15 tripes por planta antes da formação do bulbo, e após esta fase, quando forem observados 30 tripes por planta;
aplicar a dosagem recomendada pelo fabricante e a quantidade de água conforme o estádio de desenvolvimento da cultura, observando, ao mesmo tempo, o período de carência;
evitar a aplicação de mistura de inseticidas;
devido à alta cerosidade natural das folhas dessa hortaliça, deve-se sempre adicionar espalhante adesivo à calda inseticida, para se garantir melhor cobertura e aderência do produto na planta;
utilizar, de forma alternada, inseticidas de diferentes grupos químicos e modos de ação, levando-se em consideração o estádio de desenvolvimento da praga. Para se evitar a ocorrência de resistência da praga aos inseticidas, cada produto deverá ser empregado por um período de, no máximo, duas semanas, sendo substituído por outro caso seja necessária a continuidade das pulverizações;
realizar as pulverizações com vento fraco e nas horas mais frescas do dia, de preferência no final da tarde; e
na aplicação do inseticida utilizar pressão de aspersão adequada, e com bicos do tipo leque, com jatos dirigidos para as bainhas das folhas, para aumentar o contato do inseticida com a praga. Garantir que durante a aplicação, as folhas tenham boa cobertura e que o escorrimento da calda ocorra em direção às axilas das folhas.

Lagartas-roscas
São pragas que em determinadas épocas do ano e condições de cultivo podem causar prejuízos à cultura da cebola.

Agrotis ipsilon - o adulto é uma mariposa com 35 mm de envergadura, asas anteriores de coloração marrom com manchas triangulares negras e asas posteriores brancas. Os ovos possuem coloração branca e são depositados no solo, restos de cultura e em plantas infestantes, principalmente gramíneas. A lagarta é robusta, de coloração marrom-acinzentada, cápsula cefálica lisa e escura, chegando a 45 mm de comprimento; possui hábito noturno, abriga-se no solo durante o dia e se enrosca quando tocada. O ciclo biológico varia de 34 a 64 dias, sendo a fase de ovo de quatro dias, a fase de lagarta entre 20 e 40 dias e a fase de pupa de 10 a 20 dias.

Spodoptera eridania – o adulto é uma mariposa de coloração cinza claro, mede cerca de 40 mm de envergadura, possui asas anteriores acinzentadas ou de coloração amarelo-palha com um ponto preto no centro, enquanto as asas posteriores são esbranquiçadas. Os ovos são de coloração variável, sendo colocados em massa e cobertos por escamas, na vegetação. A lagarta é amarronzada, com uma faixa na lateral de cor amarela e manchas triangulares no dorso.

Solos com elevado teor de matéria orgânica favorecem a ocorrência de A. ipsilon. Na região Centro-oeste os surtos populacionais de S. eridania são mais frequentes na transição da estação seca para a chuvosa.

As lagartas de ambas as espécies cortam as plantas novas (recém-transplantadas) na região do colo, tendo como consequência, a redução do estande. A injúria causada pela praga será maior se houver alta população de lagartas grandes. As plantas mais desenvolvidas toleram a injúria por mais tempo, porém murcham e podem tombar.

As lagartas podem alimentar-se dos bulbos no campo, em períodos de seca prolongada, favorecendo seu apodrecimento durante o armazenamento. S. eridania também pode danificar as folhas da cebola.

Controle

O controle natural das lagartas-roscas é feito por insetos benéficos (inimigos naturais), principalmente microimenópteros e dípteros. Recomenda-se a adoção do manejo integrado, com ênfase em:

Realizar bom preparo de solo e eliminar as plantas hospedeiras. O ataque severo da lagarta-rosca está relacionado com a cultura anterior e com o histórico da área, bem como com a utilização de práticas culturais inadequadas. O manejo antecipado (rolagem com rolo-faca) de plantas de cobertura e plantas infestantes é a forma mais promissora de controle desta praga, pois se evita que as lagartas permaneçam na área, caso estejam associadas a estas plantas hospedeiras;
Em áreas com histórico de infestação severa deve-se evitar o uso de cobertura morta, restos culturais e restos de capina no cultivo. Estes materiais oferecem abrigo às lagartas, protegendo-as de eventuais predadores e das medidas de controle adotadas;
Eetuar as aplicações de inseticidas ao final da tarde, dirigindo-se o jato de pulverização para o solo, junto à base das plantas e em alto volume de calda;
Em regiões com ocorrência frequente desta praga podem ser utilizadas iscas tóxicas a base de farelo grosso de trigo, inseticida químico sintético (carbamato ou piretróide) ou ácido bórico, açúcar, suco de laranja e de óleo de soja, além de água para umedecer uniformemente a mistura, que deve ficar suficientemente úmida para ser distribuída na forma de grânulos na lavoura. Aplicar no final da tarde, ao longo das fileiras atacadas.

Ácaro-da-cebola
São ácaros alongados, vermiformes, menores que 1 mm de comprimento e com dois pares de pernas.

Localizam-se nas dobras das folhas e no bulbo. Sugam a seiva e provocam retorcimento em forma de chicote, estrias cloróticas e secamento das folhas, causando nanismo das plantas. Os bulbos atacados ficam chochos tanto no campo como no armazém.

Não necessitam controle específico. Geralmente os inseticidas utilizados para tripes acabam mantendo as populações deste ácaro-praga sob controle. No entanto, em caso de infestação severa, aplicar enxofre.

Moscas-da-cebola
Delia platura - os adultos são semelhantes à mosca doméstica, porém medem 8 mm de comprimento e apresentam coloração preto-acinzentada; com asas transparentes de tonalidade levemente amarelada. São reconhecidos pelo vôo lento e baixo e podem ser encontrados próximos à superfície do solo, nas fileiras atacadas.

Os ovos são colocados na região basal da planta, sobre as folhas e escamas próximas ao solo. As larvas são branco-amareladas e medem 5 mm de comprimento. Estas perfuram a raiz na região da coroa, o que favorece o ataque de fitopatógenos e o seu apodrecimento.

Podem causar injúrias às mudas na fase de canteiro (até o estádio de duas a três folhas) e após o transplante. Os danos são mais evidentes em períodos de seca. É uma praga polífaga que ataca também feijoeiro, milho e soja.

Pseudosciara pedunculata - os adultos são moscas pretas de 5 mm de comprimento. As larvas são branco-amareladas, medem 9 mm de comprimento e têm a cabeça preta. As larvas danificam o sistema radicular da cebola cultivada na presença de matéria orgânica em decomposição, proveniente de restos de culturas como milho, ervilhaca e aveia.

As larvas de P. pedunculata ocorrem apenas no transplantio, não penetram nas plantas, alimentam-se das raízes externas e provocam amarelecimento, encarquilhamento da folha central, rasgadura externa do sistema radicular e bulbificação precoce.

O dano provocado pelas moscas da cebola pode ser evitado por meio dos seguintes procedimentos:

manter a cultura da cebola em terrenos mais secos;
utilizar matéria orgânica, como esterco ou composto bem curtidos;
realizar o manejo de plantas de cobertura com certa antecedência; os restos culturais devem ser bem decompostos e bem incorporados ao solo, pois podem favorece o aparecimento da praga;
efetuar o replantio após a constatação de plantas severamente danificadas.
Como as larvas ficam no solo e não existem produtos registrados para uso na cultura, o controle químico desta praga não é recomendado.

Moscas-da-cebola
Delia platura - os adultos são semelhantes à mosca doméstica, porém medem 8 mm de comprimento e apresentam coloração preto-acinzentada; com asas transparentes de tonalidade levemente amarelada. São reconhecidos pelo vôo lento e baixo e podem ser encontrados próximos à superfície do solo, nas fileiras atacadas.

Os ovos são colocados na região basal da planta, sobre as folhas e escamas próximas ao solo. As larvas são branco-amareladas e medem 5 mm de comprimento. Estas perfuram a raiz na região da coroa, o que favorece o ataque de fitopatógenos e o seu apodrecimento.

Podem causar injúrias às mudas na fase de canteiro (até o estádio de duas a três folhas) e após o transplante. Os danos são mais evidentes em períodos de seca. É uma praga polífaga que ataca também feijoeiro, milho e soja.

Pseudosciara pedunculata - os adultos são moscas pretas de 5 mm de comprimento. As larvas são branco-amareladas, medem 9 mm de comprimento e têm a cabeça preta. As larvas danificam o sistema radicular da cebola cultivada na presença de matéria orgânica em decomposição, proveniente de restos de culturas como milho, ervilhaca e aveia.

As larvas de P. pedunculata ocorrem apenas no transplantio, não penetram nas plantas, alimentam-se das raízes externas e provocam amarelecimento, encarquilhamento da folha central, rasgadura externa do sistema radicular e bulbificação precoce.

O dano provocado pelas moscas da cebola pode ser evitado por meio dos seguintes procedimentos:

manter a cultura da cebola em terrenos mais secos;
utilizar matéria orgânica, como esterco ou composto bem curtidos;
realizar o manejo de plantas de cobertura com certa antecedência; os restos culturais devem ser bem decompostos e bem incorporados ao solo, pois podem favorece o aparecimento da praga;
efetuar o replantio após a constatação de plantas severamente danificadas.
Como as larvas ficam no solo e não existem produtos registrados para uso na cultura, o controle químico desta praga não é recomendado.

Outras pragas
Larva minadora [Liriomyza spp.] - A injúria é ocasionada pelas larvas, que abrem galerias em forma de serpentina entre a epiderme superior e a inferior das folhas (parênquima foliar), resultando em lesões esbranquiçadas. Quando a população de larvas na folha é alta, ocorre redução da área foliar e da fotossíntese. Em alguns casos a planta pode murchar e a folha pode secar prematuramente, havendo, consequentemente, redução na produção de bulbos. O ataque da mosca minadora na cebola também pode favorecer a disseminação de doenças fúngicas.

Lagarta-das-folhas [Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae)], que danifica as folhas e pode destruir parcial ou totalmente os bulbos;

Vaquinha [Diabrotica spp. (Coleoptera: Chrysomelidae)], cujos adultos ao atacarem as plantas jovens podem ocasionar rasgadura das folhas;

Larva-arame [Conoderus spp. (Coleoptera: Elateridae)], cujas larvas que vivem no solo perfuram os bulbos, favorecendo a penetração de microorganismos e a destruição de raízes e;

Grilo [Gryllus spp. (Orthoptera: Gryllidae)] que corta as mudas na fase de canteiro.

Inseticidas

Na Tabela 1 estão os inseticidas registrados para a cebola no Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento - MAPA, bem como algumas de suas características mais importantes.

Informações adicionais sobre os inseticidas poderão ser obtidas diretamente com as empresas fabricantes e distribuidoras dos produtos.

Tabela 1. Inseticidas e acaricida registrados para o controle de artrópodes-praga na cultura da cebola no Brasil. 

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1 CE = concentrado emulsionável; CS = suspensão de encapsulado; EW =  emulsão de óleo em água; PM = pó molhável; SC = suspensão concentrada; SL = concentrado solúvel; SP = pó solúvel; WG = granulado dispersível.
2 Classe toxicológica: I – extremamente tóxico (faixa vermelha); II – altamente tóxico (faixa amarela); III – moderadamente tóxico (faixa azul); IV – pouco tóxico (faixa verde).
3 Classe ambiental: I - produto altamente perigoso; II - muito perigoso; III - perigoso; IV - pouco perigoso.
4Tri = tripes; LR = lagarta-rosca; Ac = ácaro-da-cebola.


Fonte: BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. AGROFIT: Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários. Brasília, DF, 2003. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2011.



Autores: Alexandre Pinho de Moura, Jorge Anderson Guimarães, Miguel Michereff Filho




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