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terça-feira, 30 de junho de 2015

Açafrão: tempero do desenvolvimento sustentável




Revista retrata a história, a cultura, a produção e a comercialização do Arranjo Produtivo Local do açafrão em Alto Horizonte, Amaralina, Estrela do Norte e Mara Rosa
 
A demanda do açafrão encontra-se em crescimento, ao mesmo tempo em que as exigências por qualidade aumentam
 
Cerca de 80% do açafrão produzido em Mara Rosa segue para São Paulo e o restante é distribuído em Goiás e Minas Gerais 
 

Durante a sétima edição da Feira de Negócios e Tecnologias Rurais (Agro Centro-Oeste), que será realizada de 15 a 19 de agosto, no Campus II da Universidade Federal de Goiás (UFG), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae em Goiás) promoverá uma série de eventos, como palestras, cursos, seminários, encontros técnicos e um rodada de negócios.
Na oportunidade, o Sebrae em Goiás, em parceria com o Ministério da Integração Nacional, UFG, Prefeitura de Mara Rosa – e os parceiros institucionais que atuam no Arranjo Produto Local (APL) do açafrão em Alto Horizonte, Amaralina, Estrela do Norte e Mara Rosa – faz o lançamento da revista ‘Açafrão tempera a economia de Mara Rosa’.
De acordo com Wanderson Portugal, gerente da Unidade de Desenvolvimento Setorial e Regional do Sebrae em Goiás (UDSR), a revista contará com 20 páginas, com textos didáticos, de fácil assimilação, retratando a história, a cultura, a produção e a comercialização do açafrão na região. A intenção, explica Portugal, é revelar para a comunidade o resultado do trabalho já alcançado pelas instituições que atuam no desenvolvimento do APL. "Desde a década de 90 temos dedicado uma atenção especial para a região. Nesse período, promovemos cursos, seminários, palestras, consultorias e atuamos decisivamente para a criação da Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão), passo fundamental para a construção da agroindústria que irá beneficiar o açafrão em Mara Rosa, agregando ainda mais valor à produção".
A distribuição dos três mil exemplares da revista será feita de forma dirigida, de modo a atingir os parceiros envolvidos no processo, compradores e distribuidores do açafrão no Brasil e no exterior.

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Mercado mundial 

O açafrão da Índia (Curcuma longa L) é uma das 70 espécies do gênero Curcuma, pertencente à família Zingiberiaceae, sendo produzido na Índia, China, Formosa, Indonésia, Java, Filipinas, Caribe, Norte da Austrália e América do Sul. Nas últimas décadas, porém, o açafrão passou a ser cobiçado pelas indústrias química e alimentícia, graças à possibilidade de aplicação de seu extrato como corante natural.

A Índia detém cerca de 50% da produção mundial (90.000 toneladas/secas) de açafrão. O Chile é o maior produtor da América do Sul e a produção brasileira corresponde a 1% da produção mundial, mas com uma grande vantagem: a colheita no Brasil é feita justamente na entressafra indiana. Os maiores importadores são os Estados Unidos, Alemanha, Japão, Holanda. O Brasil também importa de 100 a 200 toneladas, por ano.
A produção do açafrão no Brasil é bastante difundida e o Censo Agropecuário realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela plantio em quase todos os estados brasileiros, com concentração em São Paulo (com destaque para Suzano e Moji das Cruzes), Minas Gerais (Ibirité e Uberlândia) e Goiás. Ao contrário dos outros estados, onde a produção é fragmentada, em Goiás a produção concentra-se em Mara Rosa, onde a planta encontrou características climáticas ideais, com estações bem definidas entre períodos secos e chuvosos.
O plantio em Mara Rosa é feito por aproximadamente 200 produtores, sendo 95% deles de micro e pequenas propriedades.
A colheita é manual e feita de junho a setembro, de 7 a 8 meses após o plantio, quando a parte aérea da planta começa a secar. Após a colheita, o açafrão passa por um processo de limpeza chamado brunimento, onde os resíduos do solo são eliminados através do atrito com uma malha de ferro que reveste um tambor giratório. Os rizomas são acondicionados em balaios artesanais e emersos em água em ebulição, durante cinco a dez minutos, depois levados ao sol para secar, onde perdem 80% de seu peso (10kg de rizoma rendem 2kg de rizoma seco). O beneficiamento (polimento, fatiamento, cozimento e secagem) utiliza equipamentos rústicos, em sua maioria produzidos pelos próprios produtores.
A produção média para rizomas frescos é de 10 t/ha na cultura de 1 ano e de 20t/ha na de 2 anos. A estimativa para rizomas secos é de 0,5 t/ha a 4t/ha (média 2,3t/ha). O potencial da cultura é de 50t/ha verde e 10t/ha seco. O volume anual da produção em Mara Rosa varia de 500 a 1.000 toneladas secas e cerca de 80% da produção segue para São Paulo




quarta-feira, 24 de junho de 2015

Brasil Vegetariano


Vegetarianismo ou vegetarismo é um regime alimentar baseado no consumo de alimentos de origem vegetal. Define-se como a prática de não comer qualquer tipo de animal, com ou sem uso de laticínios e ovos.
O vegetarianismo pode ser adotado por diferentes razões. Uma das principais é o respeito à vida dos animais. Tal motivação ética foi codificada em várias crenças religiosas juntamente com os direitos dos animais. Outras motivações estão relacionadas com a saúde, o meio ambiente, a estética e a economia.
Existe uma grande variação de dietas vegetarianas em relação aos produtos que são ou não consumidos. A forma mais popular de vegetarianismo é o ovolactovegetarianismo, que exclui todos os tipos de carnes, mas inclui ovos, leite e laticínios. Há também o lactovegetarianismo, que exclui todos os tipos de carne e também o ovo, mas são consumidos leite e seus derivados. Outra forma de dieta vegetariana é o vegetarianismo estrito: neste, são excluídos todos os produtos de origem animal, como ovos, laticínios e mel. O vegetarianismo estrito é frequentemente confundido com o veganismo.

A dieta vegetariana, uma alternativa à aqueles desinteressados nos churrascos de finais de semana, vem encontrando grande número de recém adeptos. Com fatores favoráveis e desfavoráveis, este tipo de comportamento alimentar impôs, até as já consagradas churrascarias, a adaptação de uma área de buffet que comporte os vegetais e leguminosas.
Ao limitar a ingestão de alimentos a este grupo, teremos como consequência grande quantidade de fibras e carboidratos e reduzida quantidade de proteína e lipídeos. Embora seja uma tendência mundial em se reduzir o consumo de lipídeos (gordura) na dieta esta manipulação nutricional pode gerar deficiências sérias de nutrientes.
Os vegetais atendem de forma limitada o fornecimento de ferro para o organismo. Quem não se lembra do Popeye, aquele marinheiro dos desenhos animados que comia latas de espinafre para ficar forte. Ele foi desenvolvido em uma época onde a incidência de anemia em crianças nos Estados Unidos era uma preocupação governamental. Foi feito então um levantamento dos alimentos que apresentaram maior concentração de ferro sendo o espinafre o vencedor. A estratégia foi divulgar este alimento tendo como público alvo as crianças que sensibilizadas pelo herói passariam a ingerir mais espinafre e consequentemente debelariam a anemia no país.
Opostamente ao preconizado a anemia permaneceu, mesmo com vendas monumentais de latas de espinafre. O fato resultante desta historia é que diversos estudos experimentais a posteriori demonstraram que o ferro do espinafre (vegetal) não apresenta grande facilidade de absorção no intestino humano.
Temos então que a restrição ao consumo de carne pode desencadear uma deficiência de ferro e consequentemente anemia. Este fato para os adeptos a ingestão de vegetais pode ser minimizado ao se prepar alimentos como espinafre e feijão (ricos em ferro) com alimentos ricos em vitamina C (limão ou laranja por exemplo) que modificam quimicamente o ferro favorecendo sua absorção.
Outro ponto que pode desencadear alguma deficiência ao restringir a ingestão de carne é a vitamina B12. Esta por sua vez determina a síntese da parte protéica da hemoglobina (células que transportam oxigênio e CO2 no sangue). Na ausência de vitamina B12 podemos desenvolver a anemia chamada de perniciosa. Esta deficiência já não é tão simples assim de ser corrigida.
Independente dos motivos que determinam a ingestão alimentar, a ausência da carne pode ter como consequência as alterações descritas. Alguns devem imaginar: “ ...é simples, basta adicionar algum suplemento de ferro e vitamina B12 e está tudo certo” porém não podemos esquecer que estes suplementos, muitas vezes utilizam a matéria prima de origem animal.
Com isto podemos perceber, atitudes radicais na alimentação como cortar este ou aquele tipo de alimento garante muito mais o fracasso que o sucesso quando o tema é saúde.

Fonte: Por Prof. Antonio Herbert Lancha Jr.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Tenha em Casa Uma Mini Horta




Quando você pensa em ter uma horta, com certeza imagina um quintal grande para isso. 

Veja estas dicas para montar uma pequena horta em um espaço reduzido.

Você precisa de:
vaso cônico de 50cm de diametro x 50cm altura1
jardineira de 60 x 25 x 25 cm2
tomate(primavera-verão)ou esvilha(outono-inverno)1 muda
bambu1 m comprimento
cebola chinêsa2 mudas
sementes de salsinha10 gr
sementes de orégano10 gr
alface2 mudas



Passos
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Preencha os vasos com terra fértil ou adubo do seu terriço e coloque na varanda ao lado das outras plantas.
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No vaso cônico, transplante a muda de tomate ou de ervilha, de acordo com a época do ano em que você montar a horta.
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Divida a superfície de uma das jardineiras em três.
Para isso, primeiro divida-a ao meio, obtendo duas áreas de cerca de 30 centímetros de comprimento por 25 centímetros de largura.
Depois, subdivida uma delas no comprimento. Assim você terá duas divisões menores de 30 centímetros de comprimento por 12,5 centímetros de largura.
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Na área maior, transplante as mudas de cebola chinesa.
Plante-as no centro do retângulo e separadas entre si por cerca 10 centímetros.
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Faça um pequeno sulco no comprimento de cada um dos retângulos menores (30 x 12,5 cm).
Em um deles, semeie as sementes de salsinha e, no outro, as de orégano.
Deixe as sementes caírem sobre a fenda do sulco.
Cubra os dois sulcos com 2 ou 3 centímetros de terra.
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Na outra jardineira, trace uma linha imaginária no centro, de uma ponta à outra do comprimento.
Sobre esta linha, transplante as mudas de alface, começando a partir dos 15 centímetros das bordas e deixando uma distância de 30 centímetros entre elas.
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Regue diariamente sua pequena horta. Mantenha a terra úmida sem produzir encharcamentos que, depois, podem afetar o cultivo.
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Tire as ervas-daninhas da horta.
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À medida que o pé de tomate ou de ervilha crescer, prenda os talos secundários no bambu. Você pode prendê-los com um fio de náilon ou uma linha de algodão.
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Depois de cerca de três meses, você terá o prazer de consumir verduras que você mesmo produziu.
Importante
· Informe-se sobre os calendários de plantio e renove os seus cultivos todos os anos.


VIDEO EXPLICATIVO





sábado, 20 de junho de 2015

Cultura da Salsa (Salsinha) Petroselinum sativum




Salsa (Petroselinum sativum) é originária da Europa. É uma erva aromática muito utilizada na cozinha e embora seja fácil de encontrar em lojas e supermercados, nada melhor do que cultivá-la e tê-la sempre em casa. Suas folhas são bipartidas ou crespas, mas sempre muito aromáticas. É bastante popular no Brasil e entra na composição de inúmeras receitas salgadas, como carnes, sopas, bolos e saladas.

Seu cultivo é muito simples, bastando apenas semear em um pequeno vaso com 20 cm de altura e deixar junto a uma janela iluminada. A Salsa, é uma planta que precisa de um clima, no mínimo, temperado ameno, pois não resiste a geadas. Gosta de muita exposição solar e de água com moderação. Gosta de solos com textura areno-argilosa, rico em matéria orgânica, bem drenados e ligeiramente ácidos, com pH 5,5-6,7.

A salsa precisa de quatro horas de sol por dia, pelo menos, e você deve deixar a terra sempre úmida, fazendo regas diárias. Para colher, é só cortar o galho inteiro, deixando um dedo do solo. Não corte somente as folhas.

Como plantar Salsinha
1. Colocar as semente em água, durante 24 horas.
2. Colocá-las sobre um pano, bem espalhadas, e deixar secar por aproximadamente 1 hora.
3. Procure um local com muita luz, onde o sol bata de 4 a 6 horas por dia.
4. Encha um pote ou um vaso com terra especial para plantar e introduza as sementes de salsa. Qualquer época do ano serve para plantar salsa, embora se deva evitar os dias de calor e frio excessivo.
5. A germinação da salsa é muito lenta, por isso não estranhe caso as pequenas plantinhas de salsa demorarem a aparecer.
6. Regue o vaso de salsa com frequência, mas preste atenção para não regar demais, evitando a criação de fungos. Por isso é conveniente a rega com frequência, mas em poucas quantidades.
7. Para obter um ramo compacto e suave não se deve deixar nascer as flores. Você pode preparar outro vaso com terra e quando as primeiras florescerem, deixe cair as sementes das flores sobre a terra e assim terá salsa para o ano seguinte, no segundo vaso.
8. Para colher a salsa, é recomendável cortar os talos pela manha antes de a planta começar a sentir os efeitos do calor.
A sementeira está concluída e agora é só esperar para a ver crescer, viçosa e verdejante.




Características da planta: Planta bienal ou perene, herbácea, com 0,60 a 1,00 m de altura, de caule oco, pouco ramificado, de coloração verde-clara e rico em canais oleiríferos que lhe dão aroma e sabor peculiar. Também possuem aroma forte e agradável.
Zoneamento agrícola: o cultivo da salsa é indicado para regiões de clima ameno, desenvolvendo-se melhor sob temperaturas entre 7 a 24 graus celsus. Não tolera temperaturas extremas. Apesar de ser uma espécie pouco exigente em fertilidade, prefere solos com textura média, ricos em matéria orgânica, bem drenados e com pH entre 5,5 e 6,8.
Época de plantio: para regiões onde o inverno não é rigoroso, a melhor época é de março a setembro. Em regiões serrenas, de clima ameno, pode ser cultivada o ano todo; porém, em locais onde o inverno é rigoroso, evitar a semeadura nos meses frios.
Cultivares: comum, crespa, gigante portuguesa, lisa comum e lisa preferida.
Espaçamento: 0,20 a 0,25 x 0,10 a 0,15 m.
Sementes necessarias: 2 a 3 kg/ha.
Semeadura: feita em canteiros definitivos, em sulcos com profundidade de 0,20 a 0,40 cm, em fileiras continuas. A germinação é muito lenta, de 12 a 13 dias quando a temperatura do solo está entre 25 a 30 grasu celsius, e 30 dias quando está a 10 graus celsus. A germinação pode ser apressada, deixando-se as sementes de molho por uma noite. Quando as plantas estiveram com 4 a 5 cm de altura(duas folhas definitivas faz-se o desbaste, deixando-as mais vigorosas, espaçadas de 0,10 a  0,15 cm. Podem-se aproveitar as mudas vigorosas para  transplante.
Calagem: aplicar calcário para elvar a saturação por bases do solo até 80% e o teor de magnésio a um mínimo de 8 mmolc/dm3.
Adubação orgânica: aplicar, pelo menos 30 dias antes da semeadura, 30 a 50 t/ha de esterco de curral bem curtido ou composto orgânico, que podem ser substituídos por 7,5 a 12,5t/ha de esterco de galinha ou 2,5 a 4,0t/ha de torta de mamona fermentada sendo, a dose maior, para solos arenosos.
Adubação mineral de plantio: 10kg/ha de N, 90 a 180kg/ha de P2O5 e 45 a 90kg/ha de K2O. A quantidade, maior ou menor, de adubo a ser utilizada dependerá  das análises de solo e foliar, cultivar empregado e produtividade esperada.
Adubação mineral de cobertura: 30 a 60kg/ha de N e 15 a 30kg/ha de K2O, parcelados em duas ou mais aplicações, entre 30 e 60 dias após a semeadura à medida que vão sendo feitos os cortes, deve-se repetir a adubação de cobertura, parcelando-a em duas vezes: na época do corte e 15 dias após.
Irrigação: pode ser feita por infiltração ou aspersão, o suficiente, porém, para proporcionar bom desenvolvimento.
Tratos culturais: manter a cultura livre de plantas invasoras pois, além da concorrência, a salsinha perde valor comercial quando cortada juntamente com mato. Fazer escarificação após cada corte.
Principais pragas: lagarta-rosca, lagartas, vaquinhas, pulgões e cochonilhas.
Principais doenças: esclerotínia, septoriose, mancha de Alternaria, mofo-cinzento.
Colheita: inicia-se entre 50 e 70 dias, dependendo do cultivar, fazendo-se nova colheita a cada 30 dias. O corte é feito quando as plantas atingem cerca de 10cm de talo. Corta-se a planta pela base ou, o que é mais aconselhável, apenas as folhas mais desenvolvidas, assim, a produção será  maior e mais prolongada.
Produtividade normal: 7.000 a 8.000 maços por hectare, que correspondem a 14 a 16 t/ha.
Rotação: hortaliças de outras famílias, milho e leguminosas usadas como adubo verde.




CULTIVO ORGÂNICO DA SALSA


Salsa  Salsa ou salsinha (Petroselinum crispum (Mill.), pertencente à família botânica das Apiaceae (Umbelliferae) é uma planta herbácea bienal (demora 24 meses para completar o ciclo biológico), podendo-se também cultivar como anual. Forma uma roseta empenachada de folhas muito divididas, alcança 15 cm de altura e possui talos floríferos que podem chegar a exceder 60 cm. Natural da Europa, a salsa (conhecida também por salsinha, salsa-de-cheiro ou salsa-hortense) foi trazida para o Brasil no início da colonização. O cultivo da salsa faz-se há mais de trezentos anos, sendo uma das plantas aromáticas mais populares da gastronomia mundial. A salsa é rica em vitaminas A, B1, B2, C e D, além de cálcio e ferro, isto se consumidas cruas, já que o cozimento elimina parte dos seus componentes vitamínicos. 

Principais usos: De aroma suave e agradável, é indispensável no preparo de saladas, sopas, molhos e temperos em geral. Quando cozida, a salsa destaca o sabor do prato principal. É usada em sopas, assados e cozidos de carnes e frutos do mar, refogados na manteiga, saladas e legumes cozidos no vapor. Ela desidratada é usada para codimentar ou decorar, usada em berinjela, canapés, macarrão, salpicada sobre legumes, omeletes, ovos mexidos ou recheados, sobre carnes, aves, peixes e camarões. Toda a planta pode ser usada: folhas, caules, raízes e sementes. Seu consumo está disseminado pelo mundo todo. É usada como condimento e/ou elemento decorativo de vários pratos. As principais propriedades terapêuticas são: diurética (facilita a secreção da urina); emenagoga (provoca a vinda da menstruação); carminativa (combate os gases intestinais); expectorante (facilita a expectoração); antitérmica (combate a febre); eupéptica (melhora a digestão); vitaminizante (colabora na regeneração das células); aperiente (estimula o apetite); antiinflamatória (combate inflamações). Alivia o mau hálito quando mascada e promove o enriquecimento da pele. A salsa, através de uso interno, é contra-indicada para gestantes e lactantes, pois um de seus componentes, o apiol, é estrogênico; isto é, altera o sistema reprodutor feminino e pode provocar o aborto. 

Propagação: A salsa propaga-se por sementes. 

Cultivo: As variedades são agrupadas pelo tipo de folha em: lisas (mais cultivadas no Brasil), crespas e muito crespas. As mais plantadas no Brasil são a Crespa, Gigante Portuguesa, Graúda Portuguesa, Lisa Comum e Lisa Preferida. Para regiões onde o inverno não é rigoroso, a melhor época é de março a agosto. O cultivo da salsa é indicada para regiões de clima ameno, desenvolvendo-se melhor sob temperaturas entre 8 e 22ºC. Temperaturas acima desta ocasiona o aparecimento precoce de flores e as temperaturas abaixo desta retarda o seu desenvolvimento. Em regiões de clima ameno, planta-se o ano todo; porém, em locais onde o inverno é rigoroso, evitar a semeadura nos meses frios. A semeadura é feita em canteiros definitivos, em sulcos com profundidade de 0,5 cm, em fileiras contínuas, e quando estiverem com duas folhas definitivas ou 5cm, fazer o desbaste das plantas fracas, mantendo-se distância mínima de 10cm ente plantas e 25cm entre fileiras. São necessários 2 a 3 kg de sementes por hectare. A germinação é muito lenta, de 12 a 13 dias quando a temperatura do solo está entre 25 e 30ºC e, até 30 dias quando está a 10ºC. A germinação pode ser apressada, deixando-se as sementes de molho por uma noite. Quando tiver que ralear plantas vigorosas aproveite-as para transplantes em outros espaços. É pouco exigente em fertilidade, mas prefere solos areno-argilosos, ricos em matéria orgânica, bem drenados e com pH entre 5,5 e 6,8. A Irrigação deve ser diária. Após a germinação das sementes, recomenda-se afofar a terra em volta das plantas, pois a irrigação e as chuvas acabam endurecendo a camada superficial do solo. Até a germinação das sementes, recomenda-se também cobrir o canteiro com palha ou sombrite, o que além de economizar água, evita a formação de uma crosta superficial que pode prejudicar a emergência das plantinhas. É uma planta resistente, mas pode ocorrer as seguintes pragas: lagartas, vaquinhas, pulgões e cochonilhas. As principais doenças fúngicas são: esclerotinia, septoriose, mancha de Alternaria e mofo-cinzento. Tendo em vista que a germinação da salsa é bastante lenta, cuidado especial deve-se ter com as plantas espontâneas que germinam mais rápido. Para retardar as plantas espontâneas, pesquisadores da Epagri/Estação Experimental de Ituporanga descobriram um método eficiente para canteiros, utilizando folhas de papel: após o preparo do canteiro, cobre-se o mesmo com jornal (uma folha apenas) ou papel pardo em toda a extensão e sobre este aplica-se 2cm de composto orgânico peneirado (Figura 3). ). Posteriormente, faz-se a semeadura a lanço ou no sulco e procede-se a cobertura das sementes. Recomenda-se este sistema especialmente para as culturas que possuem sementes pequenas e germinação mais demorada, como cenoura e salsa, e que são semeadas diretamente no canteiro, com objetivo de atrasar a emergência das plantas espontâneas na fase mais crítica (até 25 a 30 dias após a semeadura). 


Figura 3. Preparo do canteiro para semeadura, colocando-se o jornal e o composto orgânico

Colheita: A colheita inicia-se entre 50 e 70 dias após a semeadura, dependendo do cultivar, efetuando nova colheita a cada 30 dias. O corte é feito quando as plantas atingem cerca de 10 cm de talo. Corta-se a planta pela base, de forma uniforme no canteiro, cerca de 1cm acima da gema terminal. Tendo em vista que no verão, a salsa perde a qualidade, recomenda-se na época mais favorável, quando houver excesso de produção, recomenda-se o corte das plantas, lavando-se as folhas e picando-se, colocando-se em potes de plástico e congela-se. 

Como plantar Salsinha


sexta-feira, 19 de junho de 2015

O Segredo das Avencas (Como Cultivar)


As delicadas avencas


As avencas têm fama de espantar mau-olhado. Segundo a sabedoria popular elas são capazes de absorver as energias negativas e murcham, dando sinal de que há alguém invejoso no ambiente. Crenças à parte, a planta é muito admirada por sua delicadeza e colorido de suas folhas, e por isso é muito requisitada em arranjos ornamentais. Seu cultivo exige, no entanto, cuidados especiais, uma vez que a avenca possui estruturas frágeis que requerem uma dosagem certa de água e luz.
Na natureza, a avenca brota espontaneamente por toda parte, desde beiras de cursos dágua e encostas de barrancos, até no alto de palmeiras. Ao produzir e lançar ao vento grande quantidade de esporos, a planta pode brotar e se desenvolver em qualquer ambiente, desde que haja calor, umidade e luminosidade, com proteção contra a incidência de raios solares diretos.


Quem pretende cultivar avencas no interior da casa ou do apartamento pode colocá-las em vasos de barro ou, de preferência, de xaxim, garantindo que o recipiente tenha um bom sistema de drenagem, ou seja, o excesso de água precisa ser eliminado com facilidade, pois é quase fatal para a planta. No caso dos xaxins, é importante observar sempre a quantidade de água usada nas regas, pois eles tendem a reter muita umidade.
A preparação do solo para a avenca deve obedecer à proporção de uma parte de areia, uma parte de terra vegetal e uma parte de pó de xaxim. Essa mistura é leve, retém umidade e apresenta boa drenagem. Um vaso de avenca bem cheio pode render várias mudas. É só separar as touceiras com muito cuidado para não prejudicar as raízes, que são bem frágeis. Plante a muda imediatamente, pois a avenca perde umidade de forma muito rápida.


O plantio de avencas no jardim exige muito cudado na escolha do local, pois deve atender às três principais exigências da planta: calor, umidade e luz indireta. Outro detalhe importante: as avencas não suportam ventos diretos e excessivos. O local ideal, portanto, são os cantinhos úmidos e com sombra, mas com boa luminosidade.
Uma das formas de reprodução é fazer mudas com os esporos. Espere que amadureçam e retire-os das folhas raspando-as delicadamente com uma faca pequena ou gilete. Mantenha uma folha de papel (ou um pedaço de tecido branco) embaixo, para aparar os esporos que vão caindo. Prepare uma sementeira apenas com pó de xaxim, molhe-o bem e espalhe os esporos na superfície. Cubra a sementeira com plástico transparente e mantenha à sombra. Após cerca de quatro semanas, vai surgir na sementeira uma espécie de musgo - são os brotinhos, que só devem ser transplantados quando atingirem cerca de 2 a 3 cm.


Um vaso de avenca bem cheio pode render várias mudas. É só separar as touceiras com muito cuidado para não prejudicar as raízes, que são bem frágeis. Plante a muda imediatamente, pois a avenca perde umidade muito rápido.
Garanta uma boa umidade no solo, sem encharcar, regando sempre que o solo apresentar-se muito seco e mantenha as avencas longe da luz solar direta, mas não as submeta à sombra em demasia, pois isso facilita o surgimento de pragas e doenças;
Evite o uso de inseticidas para combater pulgões e cochonilhas e adote a famosa calda de fumo, procurando aplicá-la sempre que suspeitar da ocorrência e faça adubações periódicas com adubo orgânico ou fertilizantes líquidos, mas sempre seguindo a orientação da embalagem do produto;
Mantenha as avencas livres de folhas velhas e secas, cortando-as na base, para facilitar o surgimento de novas brotações;


COMO CULTIVAR AVENCAS



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dicas Para Cuidar Do Seu Jardim



Técnicas de Cultivo

Cuidando de seu Jardim

Deixe seu jardim bonito com alguns cuidados simples:

1. Remexa a terra para deixá-la fofa. Enquanto estiver fazendo isto, misture adubo orgânico. Depois, retire todas as impurezas: ervas daninhas, raízes mortas, torrões de terra seca.



2. Para melhorar a qualidade do solo, você pode fazer uma mistura básica. Misture uma porção de areia, com uma porção de terra e uma porção de terra vegetal. Para cada 5 litros de mistura básica, acrescente: 1 colher de sobremesa de farinha de ossos, uma colher de sobremesa de farinha de peixe e uma colher de sobremesa de nitrato de potássio. Adicione a mistura à sua terra e mexa bastante.

3. Para corrigir ainda mais o solo, acrescente areia em solos argilosos e compactos ou terra em solos arenosos.

4. Escolha as plantas de acordo com o tipo do seu jardim: se ele recebe muito sol ou se fica mais na sombra, se é grande ou pequeno, etc. Peça ajuda ao seu fornecedor de mudas.



5. Para plantar as mudas, faça um buraco de bom tamanho, retire o plástico da muda e coloque o torrão dentro do buraco. Coloque aquela mistura básica em torno do torrão.

6. Para plantas com caules finos e altos, coloque um bambu ou um cabo de vassoura para apoiar a planta. Amarre delicadamente a planta ao bambu (estaqueamento).

7. Para regar suas plantas, dê preferência para as primeiras horas do dia. Evite molhá-las quando o sol estiver forte.



8. Para vasos com plantas com caule regue por cima com um regador fino até que a água saia pelo furo da drenagem do vaso. Para vasos com plantas que cubram toda a superfície do vaso, encha de água o prato que fica sob o vaso. Para jardins e canteiros use mangueiras com irrigadores de pressão.

9. Sempre retire as folhas secas, murchas e doentes, com uma tesoura de poda. Deixe as flores murchas pois elas viram frutos. Combata as pragas, quando aparecerem, pulverizando inseticidas vendidos nas casas do ramo.



10. Quando as raízes atingem um tamanho muito grande para o vaso que estão ocupando, você tem que mudá-la para um vaso maior. Solte a planta do vaso antigo com a ajuda de uma pá. Segure firme o caule e bata com a vaso na beirada de uma mesa para que o torrão se solte. Replante como ensinado no passo 5.






terça-feira, 16 de junho de 2015

Cultivo das Violetas


PLANTAS DE VASO


Violetas

1. Descoberta em 1892 pelo pesquisador e barão alemão Walter Von Saint Paul, nas montanhas do nordeste da Tanzânia, a violeta-africana é hoje uma plantinha muito popular no Brasil. Não é de espantar a quantidade de variedades que encontramos na hora de comprar um vasinho: os inúmeros processos de hibridação, realizados ao longo dos anos, resultaram em 18 espécies com cerca de 6 mil variedades! Além da popularidade, existem outras características interessantes: as violetas-africanas são fáceis de cultivar e não ocupam muito espaço, podendo colorir e enfeitar qualquer ambiente, desde que sejam atendidas suas necessidades básicas.




2. Embora os vasinhos de plásticos sejam mais charmosos e há quem tenha sucesso até com o cultivo em xaxins, as violetinhas vão bem mesmo em vasos de barro. Eles absorvem o excesso de umidade que pode até apodrecer as raízes da planta.



3. O melhor vaso é o de barro. Deve ter um furo na base, para a drenagem da água das regas. Antes de receber a muda, é conveniente mergulhar o vaso em algumas horas para com as paredes úmidas, assim o material não roubará a umidade do solo.



4. Faça uma camada de drenagem no fundo do vaso, colocando um pedaço de cerâmica sobre o orifício e encha o vaso com a terra. Pode ser usada uma mistura com duas partes de terra de jardim, duas de terra vegetal e uma vermiculita. Plante a muda, centralizando a raiz e molhe até a água escorrer para o prato. Jogue o liquido fora e regue novamente.



5. O melhor local é aquele com boa luminosidade, mas sem incidência direta dos raios solares. A temperatura ideal para as violetas varia de 22 a 24 graus centígrados - o mínimo é 15 graus e o máximo 30. Com pouca luz, elas não florescem; com muita, são capazes de florescer, mas suas folhas ficam queimadas nas bordas.




6. A luz solar filtrada pelo vidro de uma janela, por exemplo, e temperaturas em torno de 25 graus C formam o ambiente ideal para a planta. Se for colocar o vaso no parapeito da janela, uma boa dica para garantir o crescimento simétrico da violeta é ir virando o vaso, semanalmente, obedecendo sempre o mesmo sentido.



7. O maior pecado é molhar a copa e as folhas da violeta. Para que não apodreçam, o melhor é colocar água no pratinho. Cuidado, no entanto, para não afogá-las, já que respiram pelas raízes. No verão, molhe duas vezes por semana e no inverno, uma vez só. A cada mês, faça uma rega por cima, deixando que a água leve embora os sais minerais que concentram sobre o solo prejudicando-o. Importante: ferva a água ou deixe descansando um dia para que o cloro, tão odiado pelas violetas, evapore.



8. Para a adubação, alterne os fertilizantes orgânicos (origem animal ou vegetal, como esterco e farinhas de osso e de peixe) com os inorgânicos (derivados do refino do petróleo ou de extrações minerais). O NPK (nitrogênio + fósforo + potássio) é um fertilizante inorgânico apreciado por essas plantas. Vem no teor desejado e você pode optar pela composição 10-10-5.



9. Quanto às pragas, os pulgões e ácaros são os inimigos mais comuns. Prepare uma mistura com 200 gramas de fumo de carda 2 litros de água. Mexa e coe. Acrescente mais 2 litros de água e pulverize quinzenalmente.



10. Para fazer a propagação, há vários métodos. Um bem simples, que pode ser feito com plantas de mais de uma copa, consiste em deixar secar a terra do vaso e depois remover a touceira. Divida-a em partes menores e replante num outro recipiente. Mesmo sem raiz, a muda poderá ser plantada e dará origem a uma nova violeta.


APRENDA COMO PLANTAR